terça-feira, 28 de agosto de 2012

55 anos da Kombi no Brasil



A Volkswagen comemora neste domingo, dia 2 de setembro, os 55 anos ininterruptos de produção da Kombi no Brasil.

Produzida em São Bernardo do Campo desde 1957, o utilitário foi o primeiro modelo da Volkswagen feito no Brasil. Modelo de maior longevidade na história da indústria automotiva mundial, a Kombi acumula mais de 1.530.000 unidades produzidas desde seu lançamento até julho de 2012.


A maior prova do sucesso e da versatilidade do utilitário Volkswagen está na incontestável liderança no segmento de mercado em que atua: a Kombi nunca perdeu a liderança de sua categoria. E isso continua em 2012. No acumulado de janeiro a julho deste ano, a Kombi registrou 14.905 unidades emplacadas (detendo 39,4% do segmento), o que representa crescimento de mais de 4% em relação ao mesmo período de 2011 – ótimo resultado quando se analisa a indústria de Comerciais Leves, que registrou queda de 1,4% no acumulado dos sete primeiros meses de 2012 contra o mesmo período de 2011.

Nenhum outro utilitário alia tanta versatilidade no transporte de cargas e passageiros com baixo custo de manutenção como a Kombi. “Não há maneira mais barata e eficiente de se transportar uma tonelada de carga coberta”, afirma Marcelo Olival, gerente executivo de Vendas e Marketing de Comerciais Leves da Volkswagen do Brasil.


Atualmente, a linha de produção da Kombi trabalha em dois turnos e conta com 386 colaboradores na área da pintura, 201 no setor de armação e outros 205 na montagem final. É pelas mãos desses 792 funcionários que são fabricadas 90 unidades diárias do modelo.

A Kombi foi idealizada pelo holandês Ben Pon na década de 40, que pretendia incluir o confiável conjunto mecânico do Fusca em um veículo leve de carga. A produção do modelo começou na Alemanha em 1950. O destaque era a carroceria monobloco, a suspensão reforçada e o motor traseiro, refrigerado a ar, de 25 cv.

Em 1957 foram fabricadas as primeiras unidades no Brasil. Com um índice de nacionalização de 50%, a Kombi tinha motor de 1.200 cm³ de cilindrada. Menos de quatro anos mais tarde chegou ao mercado o modelo de seis portas, nas versões luxo e standard, com transmissão sincronizada e índice de nacionalização de 95%. A versão pick-up surge em 1967, já com motor de 1.500 cm³ e sistema elétrico de 12 volts.

A trajetória internacional da Kombi brasileira se inicia com a história das exportações da Volkswagen do Brasil nos anos 70 para mais de 100 países. Os principais mercados externos da Kombi foram Argélia, Argentina, Chile, Peru, México, Nigéria, Venezuela e Uruguai.


No Brasil, em 1975, com uma reestilização, a Kombi passa a ser equipada com o motor 1.6l e, três anos mais tarde, o modelo ganha dupla carburação. O motor diesel 1.6l, refrigerado a água, surgiu em 1981, mesmo ano do lançamento das versões furgão e pick-up com cabine dupla. No ano seguinte surge o modelo a etanol e, em 1983, a Kombi apresenta painel e volante novos, além da alavanca do freio de mão, que sai do assoalho e passa para debaixo do painel.

As versões a diesel e cabine dupla incorporaram novidades e itens de conforto como cintos de segurança de três pontos, bancos dianteiros com encosto de cabeça, temporizador para o limpador do para-brisa, entre outros. Em 1992, a Kombi ganhou conversores catalíticos de três vias, sistema servo-freio, incluindo discos na frente e válvulas moduladoras de pressão para as rodas traseiras.

Uma versão mais moderna chegou em 1997 com o nome de Kombi Carat, apresentando novas soluções, como teto mais alto, porta lateral corrediça e a ausência da parede divisória atrás do banco dianteiro. As mudanças foram realizadas sem abrir mão da versatilidade e da economia exigidas por seus fiéis consumidores.

No final de 2005, a Kombi passou a ser equipada com o motor 1.4 Total Flex (arrefecido a água), até 34% mais potente e cerca de 30% mais econômico do que o antecessor refrigerado a ar. Desde janeiro de 2006 até julho de 2012, o utilitário teve mais de 170 mil unidades produzidas. Com o novo motor, a Kombi desenvolve potência de 78 cv quando abastecido com gasolina e 80 cv, com etanol.


Características técnicas

Kombi 1200 (1957-1966)

Pesos

Em ordem de marcha (kg): 1040;
Carga útil (kg): 810.

Motor 1200

Traseiro, refrigerado ar, boxer
Movido a gasolina
Cilindrada: 1192 cm³ (1,2l)
Potência líquida máxima cv - 36

Desempenho

Aceleração de 0 a 100 km/h (s): ---
Velocidade máxima (km/h): 94

Kombi 1500 (1967-1975)

Motor 1500L

Traseiro, refrigerado ar, boxer
Movido a gasolina
Cilindrada: (1,5l)
Potência líquida máxima cv – 52

Desempenho

Aceleração de 0 a 100 km/h (s): 21
Velocidade máxima (km/h): 100

Dimensões externas

Comprimento (mm) 4289
Distância entre eixos (mm) 2400;
Largura (mm) 1746/1937mm com caçamba
Altura (mm) 1909/1884mm com caçamba

Pesos

Em ordem de marcha (kg):
Standart: 1110
Luxo: 1140
Standart 'exclusiva e rara' 6 portas: 1130
Luxo 'exclusiva e rara' 6 portas: 1200
Furgão: 1000
Pick-Up (caçamba): 1140
Carga útil máxima (kg):
Standart: 960 (1000 retirando os bancos traseiros)
Luxo: 930
Standart 'exclusiva e rara' 6 portas: 940
Luxo 'exclusiva e rara' 6 portas: 650
Furgão: 1070
Pick-Up (caçamba): 930

Kombi Clipper (1976-1996)

Motor

Traseiro, refrigerado ar, boxer
Movido a gasolina (1976-2005)
Cilindrada: (1,6l)
Potência líquida máxima cv – 58

Desempenho

Aceleração de 0 a 100 km/h (s): 22,7 / 19,0(na versão álcool)
Velocidade máxima (km/h): 125

Motor diesel

Traseiro, refrigerado a água, em linha
Movido a Diesel (1981-1985)
Cilindrada: (1,6l)
Potência líquida máxima cv – 50

Desempenho
Aceleração de 0 a 100 km/h (s): 30,26s
Velocidade máxima (km/h): 111,3
Consumo médio (km/l): 16,95

Kombi Carat (1997-2005)

Motor

Traseiro, refrigerado ar, boxer
Movido a gasolina (1976-2005)
Cilindrada: (1,6l)
Potência líquida máxima cv – 65

Mostrada no Salão do Automóvel de São Paulo de 1996, esta Kombi Carat exibia as modificações previstas para toda a linha Kombi 97, entre elas o teto mais alto e a porta lateral corrediça. Além disso, essa versão Carat, desenvolvida para fazer frente às vans coreanas que invadiam o mercado na época, trazia um acabamento mais elaborado e um motor AP 1.8 refrigerado à água, montado na traseira. Meses mais tarde a versão Carat fez-se disponível no mercado, porém ainda movida pelo velho motor boxer 1600 refrigerado a ar.

Desempenho

Aceleração de 0 a 100 km/h (s): 22,7 / 19,0(na versão álcool)
Velocidade máxima (km/h): 120 (no gás natural)

Kombi Carat com refrigeração a água (2006-presente)

Dimensões externas

Comprimento (mm) 4505;
Distância entre eixos (mm) 2400;
Largura (mm) 1720;
Altura (mm) 2050.

Compartimento de carga

Volume (módulos VDA) (litros):
Até nível do encosto traseiro - 1405;
Até nível do encosto dianteiro - 2880;
Atrás do banco dianteiro até o teto - 4806.

Pesos

Em ordem de marcha (kg): 1297;
Carga útil máxima (kg): 1000.

Motor

Traseiro, refrigerado a água (EA 111), movido a álcool, gasolina ou ambos em qualquer proporção (Flex)
Cilindrada: 1390 cm³ (1,4l)
Potência líquida máxima (Kw(cv)/rpm) G - 57 (78) / 4800, A - 59 (80) / 4800
Torque líquido máximo (kgfm/rpm) G - 123 (12,5) / 3500, A - 125 (12,7) / 3500

Desempenho

Aceleração de 0 a 100 km/h (s): G - 22.7, A - 19.8
Velocidade máxima (km/h): 131
Fonte: Wikipédia