quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Governo deve adiar obrigatoriedade de ABS e air bags. Produção da Kombi deve ser mantida.


O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC protestou e o governo respondeu: há estudos para adiar a obrigatoriedade do uso de air bags (dois na dianteira) e ABS nos carros vendidos no Brasil. O Ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu na tarde desta quarta-feira, a informação. "Possivelmente vamos adiar a entrada em vigor", disse

A obrigatoriedade passaria a valer em 1º de janeiro de 2014. Para o possível adiamento, o motivo alegado pelo ministro foi a inflação. Segundo ele, os preços dos carros no País podem aumentar entre R$ 1 mil e R$ 1,5 mil quando equipados com esses itens.

Segundo Mantega, 60% dos veículos hoje já têm esses equipamentos. "Passaria para 100% e provavelmente vamos diferir isso em um ou dois anos. Ainda não fechamos a proposta, vamos fechar na terça-feira", informou.

Os rumores sobre o adiantamento começaram a surgir nesta terça-feira, com protestos de metalúrgicos a favor da continuidade da produção da Kombi. Para o sindicato, estão em perigo cerca de 4 mil empregos ligados à produção da  "Velha Senhora" e do Gol G4. Os dois modelos deixariam de ser produzidos por seus projetos não permitirem a instalação de freios ABS e air bags. 

Para reverter a situação, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, e o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, foram pedir ajuda à presidente Dilma Rousseff, pedindo adiamento da obrigatoriedade para 2016 - o que daria sobrevida aos dois carros da Volkswagen. 

De acordo com informações divulgadas ontem pelo secretário-geral do Sindicato, Wagner Santana, em assembleia no pátio da Volkswagen, a medida será divulgada na próxima semana e permitirá uma implantação gradual e progressiva de air bags e ABS até janeiro de 2016, quando todos os carros novos deverão sair de fábrica com os equipamentos. Isso permitirá que a Kombi, o Gol G4 e outros modelos, como o Fiat Mille, continuem em linha durante o período, aliviando a pressão interna por demissões nas montadoras.

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