"Nada mais se parece com um automóvel do que um Volkswagen", dizia meu saudoso avô Gumercindo, que podia afirmar isso com propriedade. Afinal, nasceu em fins do século XIX e assistiu de camarote, a evolução da indústria automobilística mundial.
Seu primeiro automóvel, como ele se referia aos carros, foi um Ford T, mas, certamente, ele já teve um Fusquinha em sua garagem, meu pai também, meus tios e tantos outros conhecidos, que seria impossível citar todos neste espaço.
Criado por Ferdinand Porsche, o Fusca surgiu na Alemanha, em 1938, para se tornar o "carro do povo", como já estava previsto na escolha de seu nome. No Brasil, chegou importado, em 1950, e nove anos depois, com a instalação da fábrica de Anchieta, no Estado de São Paulo, ganhou linha de montagem própria. Até hoje, depois de 50 anos da primeira unidade inteiramente nacional - o que ocorreu em 3 de janeiro de 1959 - um modelo bem conservado, daqueles "brilhando" e todo original é motivo para um desviar de atenção. O número de clubes que reúnem fãs do Fusca não me deixam mentir.
Nesta semana, no último dia 20, data que se comemorou O Dia Nacional do Fusca, nossas homenagens são para o pioneiro de toda uma geração. Um tributo a um guerreiro que tem muitas histórias para contar. O primeiro carro de milhões de brasileiros merece ser reverenciado por tudo que ele representou em nossas vidas. Foram produzidos, no Brasil, 3,1 milhões de unidades do Fusca e muitas delas ainda rodam inteiras e valentes pelos mais distantes pontos do país. Além de fazer parte da história de nossa economia, que tem na indústria automobilística seu principal vagão como gerador de renda. Incontáveis são os que aprenderam a dirigir ao volante de um Fusca (inclusive eu) e tantas outras pessoas iniciaram namoros, dentro do carro, que podem até ter chegado ao altar.
O besouro, de tão próximo, parecia um membro da família. Nenhum filme enfocando automóveis fez tanto sucesso como "Se Meu Fusca Falasse", onde o carro foi humanizado na figura de Herbie, nome dado ao Fusquinha, protagonista da trama e que se tornou um herói. Perseguiu e prendeu os fora da lei, promoveu encontros românticos e, claro, no final sempre feliz de Hollywood, separou os bandidos dos mocinhos para seguir seu caminho. São tantas as histórias sobre o Fusca, que por aqui ele comoveu até políticos, quando, a pedido pessoal do então presidente Itamar Franco teve, em 1994, sua linha de produção reativada.
Por mais dois anos, ele voltou a sair zero km da fábrica e essa safra é hoje motivo de cobiça para os colecionadores. O México foi o último país do mundo a encerrar a produção do modelo, e aí então, o Fusca saiu de linha passando a fazer parte da história. Portanto, não poderia ser de outra forma que quando a VW encerrou sua fabricação publicou essa mensagem: "Às vezes, o avanço tecnológico de uma empresa não está no que ela faz, mas no que ela deixa de fazer". Viva ao besouro!
Seu primeiro automóvel, como ele se referia aos carros, foi um Ford T, mas, certamente, ele já teve um Fusquinha em sua garagem, meu pai também, meus tios e tantos outros conhecidos, que seria impossível citar todos neste espaço.
Criado por Ferdinand Porsche, o Fusca surgiu na Alemanha, em 1938, para se tornar o "carro do povo", como já estava previsto na escolha de seu nome. No Brasil, chegou importado, em 1950, e nove anos depois, com a instalação da fábrica de Anchieta, no Estado de São Paulo, ganhou linha de montagem própria. Até hoje, depois de 50 anos da primeira unidade inteiramente nacional - o que ocorreu em 3 de janeiro de 1959 - um modelo bem conservado, daqueles "brilhando" e todo original é motivo para um desviar de atenção. O número de clubes que reúnem fãs do Fusca não me deixam mentir.
Nesta semana, no último dia 20, data que se comemorou O Dia Nacional do Fusca, nossas homenagens são para o pioneiro de toda uma geração. Um tributo a um guerreiro que tem muitas histórias para contar. O primeiro carro de milhões de brasileiros merece ser reverenciado por tudo que ele representou em nossas vidas. Foram produzidos, no Brasil, 3,1 milhões de unidades do Fusca e muitas delas ainda rodam inteiras e valentes pelos mais distantes pontos do país. Além de fazer parte da história de nossa economia, que tem na indústria automobilística seu principal vagão como gerador de renda. Incontáveis são os que aprenderam a dirigir ao volante de um Fusca (inclusive eu) e tantas outras pessoas iniciaram namoros, dentro do carro, que podem até ter chegado ao altar.
O besouro, de tão próximo, parecia um membro da família. Nenhum filme enfocando automóveis fez tanto sucesso como "Se Meu Fusca Falasse", onde o carro foi humanizado na figura de Herbie, nome dado ao Fusquinha, protagonista da trama e que se tornou um herói. Perseguiu e prendeu os fora da lei, promoveu encontros românticos e, claro, no final sempre feliz de Hollywood, separou os bandidos dos mocinhos para seguir seu caminho. São tantas as histórias sobre o Fusca, que por aqui ele comoveu até políticos, quando, a pedido pessoal do então presidente Itamar Franco teve, em 1994, sua linha de produção reativada.
Por mais dois anos, ele voltou a sair zero km da fábrica e essa safra é hoje motivo de cobiça para os colecionadores. O México foi o último país do mundo a encerrar a produção do modelo, e aí então, o Fusca saiu de linha passando a fazer parte da história. Portanto, não poderia ser de outra forma que quando a VW encerrou sua fabricação publicou essa mensagem: "Às vezes, o avanço tecnológico de uma empresa não está no que ela faz, mas no que ela deixa de fazer". Viva ao besouro!
By Raimundo Couto
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