A paixão por fuscas do professor aposentado começou em 1968
A paixão do cearense Antônio Dragaud Ribeiro por Fuscas tem mais de 40 anos. O professor aposentado comprou o primeiro em 1968 e não parou mais. “Há quem diga que toda pessoa com mais de 30 anos de idade tem uma história com Fusca. É uma paixão nacional”, diz Ribeiro, que comemora junto com outros fãs do carro o Dia Nacional do Fusca nesta sexta-feira (20).
Hoje, aos 70 anos, sócio do Volks Clube do Ceará e amigo pessoal do Planeta Fusca (Fred Guilhon), ele guarda uma coleção com 35 Fuscas. No Brasil, o carro de origem alemã foi líder de mercado por 24 anos seguidos e vendeu 3,1 milhões de unidades.
Para guardar os carros, Antônio Ribeiro, que mora em um apartamento em Fortaleza, usa dois galpões e vagas alugadas de vizinhos. Entre as raridades do colecionador está um Fusca 1958, anterior à chegada da fábrica do veículo no Brasil. Mas o professor aposentado conta que o seu preferido é um modelo de 1969, cor verde folha. “Tenho de todos os gostos”, diz. O mais novo da coleção é de 1995, o chamado modelo Itamar.
O colecionador diz que o interesse por Fuscas surgiu pela praticidade do modelo. “Já tive Mustang, Belina, mas o Fusca é melhor. Tem resistência, mecânica simples e é econômico. Você consegue montar e desmontar sem problemas”, diz. A família de Ribeiro nunca implicou com a paixão do professor. “Minha mulher até já teve um Fusca e, sempre que pode, me acompanha nos eventos. Convivemos bem com isso”, diz.
A frota de Fuscas de Ribeiro não é fixa. “Compro mais do que vendo. Sempre pesquiso modelos para comprar e restaurar. Os modelos abaixo do ano 1970 só vendo se tiver repetido. Tenho dois do ano 1962 e do ano 1968”, diz. Os preços de Fuscas variam entre R$ 8 mil e R$ 20 mil, segundo o professor aposentado. Na coleção, apenas um, ano 1962, é placa preta, com 95% das peças originais.
Os veículos de Ribeiro passam por restauração constantemente e o gasto mensal é de R$ 3 mil. Mesmo com uma manutenção simples, peças “mais pesadas”, como as de motor, de modelos mais antigos precisam ser importadas, segundo o colecionador. “Não tenho ideia de quanto já gastei com meus Fuscas”, admite.
Tanto gasto gera cuidados e ciúmes. Os melhores modelos de Ribeiro ficam suspensos em cavaletes para não forçar a suspensão e os pneus. Apesar de garantir que a maioria dos Fuscas tem condição de rodar, o colecionador prefere não fazer longas viagens com os carros e circula geralmente em um outro modelo. “Sempre que ando com um dos Fuscas, chamo muito atenção", diz.
2 comentários:
Certo, descobrimos o culpado pela inflação no preço do Fusca.
queria ser herdeiro desse professor... hehehe
(só queria um desses, e o mais feinho... hehehe)
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