Este é um Volkswagen extremamente raro chamado Rometsch.
Criada em Berlim, em número muito reduzido feito todo à mão em alumínio.
Cada carro é um incrível trabalho de arte.
Este carro é o número 566 e é talvez um dos menos de 30 existentes com esse tipo de carroçaria.
Fundada em 1924, em Berlim, Alemanha, por Friedrich Rometsch, a companhia Rometsch iniciou suas atividades fabricando carros esportes sobre uma variedade de chassis provenientes de vários fabricantes.
Logo se tornaria famosa pela adaptação de modelos Opel em taxis. Durante a segunda guerra mundial a Rometsch não produz automóveis, mas sim móveis para cozinhas! Logo após o fim do conflito e com a Alemanha sendo reconstruída, Friedrich buscou alternativas para voltar a fabricar carros esporte. A escolha quase óbvia era o Tipo 1, o já popular VW sedã.
A empresa passa então a adaptar o VW para serviço de taxi, alongando o chassis em 25cm e colocando portas traseiras do tipo “suicida”, no início dos anos 1950. Esse modelo tornou-se muito famoso e hoje é uma completa raridade!
Em 1950 a Rometsch passa a fabricar seu fino carro esporte. Desenhado por Johannes Beeskow, o Rometsch Beeskow seria oferecido em 2 opções: conversível (primeiro a vir à público) e cupê.
Utilizando toda a base mecânica VW, o chassis recebia apoios de madeira que por sua vez suportariam a leve carroceria inteiramente fabricada à mão e em alumínio! Faróis e espelhos retrovisores vinham da Karmann Ghia, o para brisas era do VW sedã, lanternas do modelo Fiat 1100D, setas de modelos Ferrari e até maçanetas da também alemã Borgward.
O resultado era um carro bonito, esguio e de desenho bem pessoal, lembrando vagamente o também recente Porsche 356A.
Sua produção estimada foi de 85 exemplares entre cupês e conversíveis. Vale lembrar que os motores VW (inicialmente 1100cc e depois os 1200cc) recebiam preparação com o kit base da européia Okrasa, que consistia em carburação, filtro de ar, escapamento, refrigeração de óleo e demais detalhes para melhorar a potência!
O modelo Beeskow seguiria em produção até o ano de 1957. Johannes Beeskow, porém, deixaria a Rometsch para ser engenheiro na Karmann Ghia na metade da década de 1950.
Em seu lugar viria o designer Bert Lawrence. Trabalhando na mesma base, o chassis e motor VW preparado, com suporte de madeira e carroceria de alumínio, Lawrence redesenhou o carro, adotando forte influência dos desenhos norte americanos do período, resultando num carro bonito e com forte personalidade estética. Ganharia o prêmio “Rosa de Ouro” em Gênova, Itália, como mais belo designer de 1957.
O Rometsch Lawrence, como ficou conhecido, seria fabricado até 1961, num total de 250 unidades entre cupês e conversíveis.
Com o nascimento da aberração chamada Muro de Berlim, a Rometsch teria sua capacidade técnico-produtiva extremamente reduzida, sendo que hoje ainda faz manutenções em automóveis.
Texto: João C. Bottcher
3 comentários:
Um belo carro.
Abs
Rui
Uma preciosidade. Bom saber que a empresa ainda existe, pode voltar à força na primeira oportunidade.
que carro mais lindo na minha opinião e melhor que o k. guia
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