MINI 1.6 custa R$ 98.500; VW traz bloco 2.0 por R$ 66.000
Eles são coloridos, repletos de formas arredondadas, bons de dirigir e chamam muita atenção por onde passam. “Uma graça”, “bonitinho” e “fofo” são apenas alguns dos elogios que esses carros roubam da boca de mulheres, que não resistem ao charme dessas joias sobre rodas. Experimente estacioná-los na rua e quando voltar os vidros provavelmente estarão repletos de marcas de dedos de curiosos ávidos para conhecer as cabines, tão exóticas quanto a parte externa.
De um lado a recriação do antigo MINI Cooper, ícone inglês sobre rodas que de conceito de mobilidade urbana se tornou um dos automóveis mais cultuados do mundo. Do outro, o Volkswagen New Beetle, versão moderna do Fusca, que já passeia por estradas brasileiras desde 2000. Reunimos as opções automáticas dos dois carros para descobrir, entre qualidades e defeitos, qual rouba mais olhares?
O New Beetle custa R$ 66 000 e traz teto solar elétrico e bancos revestidos de couro. O MINI Cooper na versão automática custa R$ 98 500. No lançamento da marca inglesa no país, Henning Dornbusch, presidente da BMW (que controla a MINI), afirmou que “preço é uma questão de ponto de vista”. Realmente. Quem compra um Cooper não está preocupado com quanto irá gastar. Quer saber, sim, qual a cor mais interessante. Já o Beetle é uma opção exótica por um preço condizente com a realidade do brasileiro de classe média alta, por assim dizer.
Desempenho na pista
Por debaixo desses corpinhos bonitos também “ronca” um coração, que pode conquistar tanto quanto o visual dessas vedetes. O New Beetle carrega um motor 2.0 de 4 cilindros e 116 cv de potência a 5 400 rpm. Seus 17,3 kgfm de torque máximo já estão disponíveis a 2 400 rpm. O MINI Cooper, por sua vez, tem um propulsor 1.6 de 120 cv a 6 000 rpm e 16,3 kgfm a 4 000 rpm. Até este ponto os carros têm números semelhantes, mas a diferença do desempenho surge na balança.
Com 1 330 kg, o Beetle acelerou de 0 a 100 km/h em 13s7, enquanto o Cooper, que marca 1 105 kg na balança, cumpriu a mesma prova em 11s6 durante nossos testes. O carrinho inglês também superou o modelo da VW nas retomadas, marcando 9s5 dos 40 km/h aos 100 km/h, 12s4 de 60 km/h a 120 km/h e 8s2 de 80 km/h a 120 km/h. Nas mesmas tarefas o Beetle cravou 10s2, 12s9 e 9s7. Ponto para o MINI que, mesmo com um motor menor, conseguiu ser mais rápido.
Nas provas de frenagem o Cooper novamente superou o Beetle. Vindo a 120 km/h o carro inglês precisou de 52,8 metros de pista até parar totalmente, enquanto o Beetle usou 58,3 m de asfalto no mesmo teste. São mais de cinco metros de diferença. Pisando com toda força no freio a 100 km/h, o MINI só parou depois de percorrer 36,8 metros, exatos dois metros a menos que o necessário para frear até a imobilidade o carro retrô da Volks. Lembrando que os dois veículos possuem freios ABS (antitravamento), e o modelo britânico ainda conta com controle eletrônico de estabilidade (ESP).
Munido do câmbio Tiptronic de 6 marchas, dirigir um New Beetle é como guiar a atual geração do Golf no Brasil. Os carros da VW dividem uma série de componentes, como transmissão, motor e plataforma, o que significa que o modelo retrô traz muito dos predicados do hatch, como a ótima posição de dirigir e mecânica apurada. O MINI Cooper também tem câmbio automático de 6 velocidades, no entanto, ainda que o carro tenha o mesmo sistema de trocas sequenciais da BMW, com alavancas estilo borboleta no volante, parece ser “amarrado”.
Desempenho na passarela
Apesar de ser um veterano nas ruas brasileiras, o New Beetle ainda chama atenção. Porém, quando comparado ao Cooper nesse quesito o Fusca moderno é um mero coadjuvante no semáforo. Além do visual retrô, o principal carro da MINI tem pintura em três tons (cor da carroceria, vidros pretos e teto branco) e faixas transversais no capô que são um charme digno de carro esportivo. Mas, independentemente da cor, o carrinho inglês chama atenção mesmo é por conta de seu formato diminuto, que supera de longe as formas nostálgicas e arredondadas do Beetle.
Detalhes característicos dos carros em suas versões do passado também estão presentes nos interiores dos modelos atuais. O Beetle preserva as alças laterais nas colunas e à frente do passageiro, o painel redondo e o porta-mapas em forma de rede nas portas. Ainda fiel ao Fusca, mas de forma negativa, o Beetle continua com o espaço traseiro apertado, principalmente para ocupantes altos, que viajam com cabeças encostadas no vidro traseiro. Já o Cooper resgata do passado o velocímetro central e o conta-giros atrás do volante, enquanto o espaço no banco de trás permite acomodar dois adultos com mais conforto em relação ao carro da VW, mas também sem muito conforto.
O preço da fama
Imagine se um cidadão perde o controle de sua moto e leva o retrovisor do MINI Cooper pelo caminho. Uma peça sobressalente na revenda oficial da marca custa R$ 978,31, valor que não inclui a capa protetora do componente, geralmente na cor do veículo, que custa mais R$ 228,16. Temos só aí uma conta de R$ 1 206,47. Mas se você pensa que a mesma peça é mais barata no New Beetle pelo fato dele ser um Volkswagen, caiu do cavalo, pois o item sai por “sobrenaturais” R$ 2 317.
O mesmo vale para o para-lama esquerdo do Beetle, vendido nas revendas VW por R$ 1 462. A mesma peça para o MINI custa R$ 876,78. A situação se inverte somente nas cotações de jogo de pastilhas de freios e amortecedores, que custam R$ 1 638,67 e R$ 1 411 para o carrinho inglês e R$ R$ 343 e R$ 456,10 no New Beetle. A versão moderna do Fusca também desvaloriza menos que o Cooper, com uma redução do preço em 7,8% no primeiro ano contra 9,5% do Cooper.
Na hora de cotar os seguros, mais um susto com os custos. Por compartilhar muitas peças do Golf, além de outros componentes presentes em diversos carros da Volkswagen no Brasil, o New Beetle se encaixa dentro da faixa de risco de carros roubados. O preço para não esquentar a cabeça nessas situações para um motorista casado de 40 anos, com garagem própria e que utiliza o carro nas atividades cotidianas é de R$ 4 700 (em média). O Mini Cooper, que é R$ 34 800 mais caro, leva uma ligeira vantagem: sua proteção sai em média R$ 4 400.
Conclusão
Tanto o MINI como o Beetle são carros ideais para o transporte de duas pessoas. Mais que isso torna-se um exercício de contorcionismo e paciência para quem viaja atrás. Porém, é evidente que o público alvo desses carros é de solteiros e solteiras que buscam uma companhia para ocupar o banco do passageiro.
Apesar do alto preço, em termos estéticos e mecânicos o Cooper é mais carro. Porém, se analisarmos o conjunto da obra, a vitória neste comparativo vai para o New Beetle, que também é um excelente modelo e oferece custo/beneficio superior sem esvaziar tanto sua carteira.
Eles são coloridos, repletos de formas arredondadas, bons de dirigir e chamam muita atenção por onde passam. “Uma graça”, “bonitinho” e “fofo” são apenas alguns dos elogios que esses carros roubam da boca de mulheres, que não resistem ao charme dessas joias sobre rodas. Experimente estacioná-los na rua e quando voltar os vidros provavelmente estarão repletos de marcas de dedos de curiosos ávidos para conhecer as cabines, tão exóticas quanto a parte externa.
De um lado a recriação do antigo MINI Cooper, ícone inglês sobre rodas que de conceito de mobilidade urbana se tornou um dos automóveis mais cultuados do mundo. Do outro, o Volkswagen New Beetle, versão moderna do Fusca, que já passeia por estradas brasileiras desde 2000. Reunimos as opções automáticas dos dois carros para descobrir, entre qualidades e defeitos, qual rouba mais olhares?
O New Beetle custa R$ 66 000 e traz teto solar elétrico e bancos revestidos de couro. O MINI Cooper na versão automática custa R$ 98 500. No lançamento da marca inglesa no país, Henning Dornbusch, presidente da BMW (que controla a MINI), afirmou que “preço é uma questão de ponto de vista”. Realmente. Quem compra um Cooper não está preocupado com quanto irá gastar. Quer saber, sim, qual a cor mais interessante. Já o Beetle é uma opção exótica por um preço condizente com a realidade do brasileiro de classe média alta, por assim dizer.
Desempenho na pista
Por debaixo desses corpinhos bonitos também “ronca” um coração, que pode conquistar tanto quanto o visual dessas vedetes. O New Beetle carrega um motor 2.0 de 4 cilindros e 116 cv de potência a 5 400 rpm. Seus 17,3 kgfm de torque máximo já estão disponíveis a 2 400 rpm. O MINI Cooper, por sua vez, tem um propulsor 1.6 de 120 cv a 6 000 rpm e 16,3 kgfm a 4 000 rpm. Até este ponto os carros têm números semelhantes, mas a diferença do desempenho surge na balança.
Com 1 330 kg, o Beetle acelerou de 0 a 100 km/h em 13s7, enquanto o Cooper, que marca 1 105 kg na balança, cumpriu a mesma prova em 11s6 durante nossos testes. O carrinho inglês também superou o modelo da VW nas retomadas, marcando 9s5 dos 40 km/h aos 100 km/h, 12s4 de 60 km/h a 120 km/h e 8s2 de 80 km/h a 120 km/h. Nas mesmas tarefas o Beetle cravou 10s2, 12s9 e 9s7. Ponto para o MINI que, mesmo com um motor menor, conseguiu ser mais rápido.
Nas provas de frenagem o Cooper novamente superou o Beetle. Vindo a 120 km/h o carro inglês precisou de 52,8 metros de pista até parar totalmente, enquanto o Beetle usou 58,3 m de asfalto no mesmo teste. São mais de cinco metros de diferença. Pisando com toda força no freio a 100 km/h, o MINI só parou depois de percorrer 36,8 metros, exatos dois metros a menos que o necessário para frear até a imobilidade o carro retrô da Volks. Lembrando que os dois veículos possuem freios ABS (antitravamento), e o modelo britânico ainda conta com controle eletrônico de estabilidade (ESP).
Munido do câmbio Tiptronic de 6 marchas, dirigir um New Beetle é como guiar a atual geração do Golf no Brasil. Os carros da VW dividem uma série de componentes, como transmissão, motor e plataforma, o que significa que o modelo retrô traz muito dos predicados do hatch, como a ótima posição de dirigir e mecânica apurada. O MINI Cooper também tem câmbio automático de 6 velocidades, no entanto, ainda que o carro tenha o mesmo sistema de trocas sequenciais da BMW, com alavancas estilo borboleta no volante, parece ser “amarrado”.
Desempenho na passarela
Apesar de ser um veterano nas ruas brasileiras, o New Beetle ainda chama atenção. Porém, quando comparado ao Cooper nesse quesito o Fusca moderno é um mero coadjuvante no semáforo. Além do visual retrô, o principal carro da MINI tem pintura em três tons (cor da carroceria, vidros pretos e teto branco) e faixas transversais no capô que são um charme digno de carro esportivo. Mas, independentemente da cor, o carrinho inglês chama atenção mesmo é por conta de seu formato diminuto, que supera de longe as formas nostálgicas e arredondadas do Beetle.
Detalhes característicos dos carros em suas versões do passado também estão presentes nos interiores dos modelos atuais. O Beetle preserva as alças laterais nas colunas e à frente do passageiro, o painel redondo e o porta-mapas em forma de rede nas portas. Ainda fiel ao Fusca, mas de forma negativa, o Beetle continua com o espaço traseiro apertado, principalmente para ocupantes altos, que viajam com cabeças encostadas no vidro traseiro. Já o Cooper resgata do passado o velocímetro central e o conta-giros atrás do volante, enquanto o espaço no banco de trás permite acomodar dois adultos com mais conforto em relação ao carro da VW, mas também sem muito conforto.
O preço da fama
Imagine se um cidadão perde o controle de sua moto e leva o retrovisor do MINI Cooper pelo caminho. Uma peça sobressalente na revenda oficial da marca custa R$ 978,31, valor que não inclui a capa protetora do componente, geralmente na cor do veículo, que custa mais R$ 228,16. Temos só aí uma conta de R$ 1 206,47. Mas se você pensa que a mesma peça é mais barata no New Beetle pelo fato dele ser um Volkswagen, caiu do cavalo, pois o item sai por “sobrenaturais” R$ 2 317.
O mesmo vale para o para-lama esquerdo do Beetle, vendido nas revendas VW por R$ 1 462. A mesma peça para o MINI custa R$ 876,78. A situação se inverte somente nas cotações de jogo de pastilhas de freios e amortecedores, que custam R$ 1 638,67 e R$ 1 411 para o carrinho inglês e R$ R$ 343 e R$ 456,10 no New Beetle. A versão moderna do Fusca também desvaloriza menos que o Cooper, com uma redução do preço em 7,8% no primeiro ano contra 9,5% do Cooper.
Na hora de cotar os seguros, mais um susto com os custos. Por compartilhar muitas peças do Golf, além de outros componentes presentes em diversos carros da Volkswagen no Brasil, o New Beetle se encaixa dentro da faixa de risco de carros roubados. O preço para não esquentar a cabeça nessas situações para um motorista casado de 40 anos, com garagem própria e que utiliza o carro nas atividades cotidianas é de R$ 4 700 (em média). O Mini Cooper, que é R$ 34 800 mais caro, leva uma ligeira vantagem: sua proteção sai em média R$ 4 400.
Conclusão
Tanto o MINI como o Beetle são carros ideais para o transporte de duas pessoas. Mais que isso torna-se um exercício de contorcionismo e paciência para quem viaja atrás. Porém, é evidente que o público alvo desses carros é de solteiros e solteiras que buscam uma companhia para ocupar o banco do passageiro.
Apesar do alto preço, em termos estéticos e mecânicos o Cooper é mais carro. Porém, se analisarmos o conjunto da obra, a vitória neste comparativo vai para o New Beetle, que também é um excelente modelo e oferece custo/beneficio superior sem esvaziar tanto sua carteira.
Um comentário:
Bons para quem prioriza o entretenimento... Não são para este rabugento aqui.
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