quinta-feira, 4 de junho de 2009

O dia internacional do Fusca está chegando

Para aqueles que gostam de ser avisados está chegando o DIA DO FUSCA.

Segue abaixo um pouco da história deste carro incrível que ainda convive de forma moderna com o NEW BEATLE .

No dia 22 de junho de 1934, Ferdinand Porsche, que mais tarde se tornaria o fundador da fábrica de esportivos que leva seu nome, assinava o contrato que daria o pontapé inicial para o desenvolvimento do Volkswagen Sedan, o Fusca, como o conhecemos por aqui.

Cultuado no mundo inteiro, o Fusca é um dos carros de maior sucesso da indústria automobilística mundial. Até 30 de julho de 2003, data em que a última unidade do Fusca deixou a linha de produção da fábrica da VW de Puebla, no México, haviam sido fabricados 21.529.464 exemplares do modelo, em pouco mais de 60 anos. Em termos de volume de vendas, ele só é superado pelo Toyota Corolla, pelo Volkswagen Golf e pela Série F de picapes da Ford.

Diz a lenda que as lendárias formas arredondadas do carro foram desenhadas pelo ditador alemão Adolf Hitler em um guardanapo de papel. Na década de 1930, o próprio Hitler contratou o Porsche para conceber o “carro do povo” (Volkswagen, em alemão). A fábrica de Wolfsburg, que viabilizaria o projeto, foi inaugurada em 1938. No entanto, a Segunda Guerra Mundial adiou os planos de produção em larga escala do modelo.

Com o início do conflito, o projeto do Sedan, que inicialmente foi batizado com o nome de KDF-Wagen – abreviatura da frase alemã Kraft Durch Freude, ou “força através da alegria” –, ficou restrito ao uso militar. Em 27 de dezembro de 1945, quando a Europa comemorava o final da guerra, a primeira unidade do Fusca deixava a planta de Wolfsburg. O veículo foi encomendado pelo governo inglês, que o utilizou nos trabalhos de reconstrução do país. O início da fabricação em série do modelo, em 1945, marcou também o nascimento da Volkswagen como fabricante de automóveis. No ano em questão, a produção do carro foi pequena. Entretanto, subiu para 10 mil unidades em 1946, alcançando 25 mil veículos em 1948.

Assim, a VW foi um dos pilares importantes para a reconstrução econômica da Alemanha no pós-guerra. Somente em Wolfsburg, a linha de produção do Fusca gerou 6 mil novos empregos na época. Em 1947, a montadora alemã iniciou as exportações do carro, primordialmente para a Holanda. Oito anos depois, em 1955, o modelo já era um grande sucesso, atingindo a marca de 1 milhão de unidades produzidas.

O Fusca também fez sucesso ao redor do mundo, com linhas de produção na África do Sul, México e Brasil. Por aqui, a fabricação do veículo começou em 1959 e foi encerrada em 1986, na planta da VW em São Bernardo do Campo (SP). Entretanto, com incentivo do então presidente da República, Itamar Franco, a empresa alemã retomou a montagem do Fusca em 1993, com o modelo que ficou popularmente conhecido como “Itamar”.

Em 1996, com 47,7 mil unidades produzidas desde 1993, o Fusca se despediu definitivamente dos brasileiros. Para marcar o final da carreira do carro, a Volkswagen lançou a edição limitada Série Ouro. Mas a fabricação do lendário modelo ainda foi mantida na planta de Puebla (México).

Em 2003, as constantes quedas nas vendas obrigaram a VW descontinuar a montagem no Beetle também em território mexicano, encerrando a história do carro que é um dos maiores ícones da indústria automobilística global. Hoje, ainda na planta de Puebla, a montadora fabrica o New Beetle, modelo que traz o nome do lendário carro da VW, mas consiste em uma proposta mais requintada e distante das massas populares.

Um comentário:

Nanael Soubaim disse...

Eu costumo discordar quando dizem que Corolla e Golf venderam mais do que o Fusca. Os nomes "Corolla" e "Golf" venderam mais, os carros actuais nada têm a ver com os modelos originais, são completamente novos. Quando se diz "O carro que vendeu mais", é sem dúvida o Fusca, sob os inúmeros nomes que recebeu ao logo da história.