“O que é a vida sem um sonho?”. Começo o texto com essa frase do poeta francês Edmond Rostand, que nos diz muita coisa. Os sonhos nos fazem antever o futuro, imaginar o sucesso e, acima de tudo, podem se tornar uma importante alavanca para que nos lancemos – sem medo – em busca de sua realização.
Foi assim com Paulo Goulart, da Dacon. Em 1964 ele começou a importar os primeiros motores Porsche com 1600 cm³ de cilindrada para que o ideal de ver sua escuderia em ação se tornasse realidade. As primeiras vitórias trouxeram alegrias e também adversidades – como a mudança do regulamento – mas o estímulo da bandeira quadriculada após horas de prova continuou a recompensar seu esforço.
Logo depois nasceram os bólidos azuis e brancos equipados com o motor Porsche de quatro comandos, que fizeram fama nas pistas, além de meter medo na concorrência. Grandes nomes estiveram atrás do volante dessas máquinas maravilhosas, tais como Anísio Campos, Emerson e Wilsinho Fittipaldi e José Carlos Pace. O leitor pode conhecer a história completa da equipe Dacon no site da Obvio.
Quatro décadas mais tarde essas estórias – isso mesmo, sem “h” – influenciaram o jornalista Adriano Griecco, que construiu uma recriação ou, como ele mesmo diz, uma homenagem a esse verdadeiro mito sobre rodas. “Montei o carro todo. A carroceria adquiri de um amigo e o chassi de outro. Então, juntei os dois”, conta.
Mas até chegar a esse resultado final meses e meses de trabalho foram gastos. “O processo todo demorou quase um ano desde o dia em que mandei a carroceria para o funileiro. Depois tive que mandá-la de novo para uma oficina chamada Clássicos de Rey. A elétrica foi inteira refeita, assim como toda a parte mecânica”, revela. Um fato curioso sobre o projeto foi sua inspiração. “Ele foi montado bem ao lado de um dos Karmann-Ghia Dacon originais, numa oficina de um amigo meu, em Cotia”, conta Adriano.
Alguns detalhes fazem dele uma máquina de corrida. “O carro tem banco concha, cinto de quatro pontos e volante esportivo. Estou pensando em comprar uma réplica do Fittipaldi F1, o mesmo que equipava os Dacon na época. O motor é VW 1.6 com dupla carburação e utiliza ignição eletrônica”, salienta. Vale dizer ainda que ele utiliza rodas de 5,5 polegadas na dianteira e 9 polegadas na parte traseira e os marcadores no painel vieram dos Estados Unidos, doados por um Porsche 912.
Talvez agora a pergunta no início do texto tenha sido – em parte – respondida. E o sonho de Paulo Goulart deu tão certo que atravessou o tempo e, mais de quarenta anos depois, inspirou recriações como esta. Pois é. Acho que precisamos de mais sonhadores...
Foi assim com Paulo Goulart, da Dacon. Em 1964 ele começou a importar os primeiros motores Porsche com 1600 cm³ de cilindrada para que o ideal de ver sua escuderia em ação se tornasse realidade. As primeiras vitórias trouxeram alegrias e também adversidades – como a mudança do regulamento – mas o estímulo da bandeira quadriculada após horas de prova continuou a recompensar seu esforço.
Logo depois nasceram os bólidos azuis e brancos equipados com o motor Porsche de quatro comandos, que fizeram fama nas pistas, além de meter medo na concorrência. Grandes nomes estiveram atrás do volante dessas máquinas maravilhosas, tais como Anísio Campos, Emerson e Wilsinho Fittipaldi e José Carlos Pace. O leitor pode conhecer a história completa da equipe Dacon no site da Obvio.
Quatro décadas mais tarde essas estórias – isso mesmo, sem “h” – influenciaram o jornalista Adriano Griecco, que construiu uma recriação ou, como ele mesmo diz, uma homenagem a esse verdadeiro mito sobre rodas. “Montei o carro todo. A carroceria adquiri de um amigo e o chassi de outro. Então, juntei os dois”, conta.
Mas até chegar a esse resultado final meses e meses de trabalho foram gastos. “O processo todo demorou quase um ano desde o dia em que mandei a carroceria para o funileiro. Depois tive que mandá-la de novo para uma oficina chamada Clássicos de Rey. A elétrica foi inteira refeita, assim como toda a parte mecânica”, revela. Um fato curioso sobre o projeto foi sua inspiração. “Ele foi montado bem ao lado de um dos Karmann-Ghia Dacon originais, numa oficina de um amigo meu, em Cotia”, conta Adriano.
Alguns detalhes fazem dele uma máquina de corrida. “O carro tem banco concha, cinto de quatro pontos e volante esportivo. Estou pensando em comprar uma réplica do Fittipaldi F1, o mesmo que equipava os Dacon na época. O motor é VW 1.6 com dupla carburação e utiliza ignição eletrônica”, salienta. Vale dizer ainda que ele utiliza rodas de 5,5 polegadas na dianteira e 9 polegadas na parte traseira e os marcadores no painel vieram dos Estados Unidos, doados por um Porsche 912.
Talvez agora a pergunta no início do texto tenha sido – em parte – respondida. E o sonho de Paulo Goulart deu tão certo que atravessou o tempo e, mais de quarenta anos depois, inspirou recriações como esta. Pois é. Acho que precisamos de mais sonhadores...
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