Ela foi o último lançamento da Volkswagen dentro do motor traseiro refrigerado a ar. Mais moderna, econômica, com desempenho e acabamento melhores, a Variant II encerrou os oito anos de mercado da Variant na linha 1978. Mas, por mais que tenha evoluído, ela só serviu para mostrar a idade do projeto. A Variant II chegava quase simultaneamente à Belina II da Ford, e entrava na disputa pelos compradores da Caravan, da Chevrolet.
De cara, notava-se a semelhança entre o novo modelo e a VW Brasilia. As linhas retas predominavam, bem mais atuais que as da perua que ela aposentou. A nova Variant ficou 5 centímetros mais larga. Nas laterais ela parecia uma Brasília com entreeixos maior. Atrás havia um vinco mais próximo da linha da cintura, além das lanternas envolventes e caneladas.
A nova embalagem era o convite para o motorista se acomodar no banco mais largo de curvim e tecido, com encosto alto o suficiente para dispensar o apoio para cabeça, e ainda se proteger com um cinto de três pontos. Atrás o banco estava 13 centímetros mais largo. O painel trazia instrumentos retangulares, com visibilidade auxiliada pelo volante de fina empunhadura. Conta-giros, relógio e rádio estéreo AM/FM eram opcionais. O motor boxer, de quatro cilindros e 1,6 litro, parecia tomar mais o espaço da bagagem que de fato tomava. Com o banco traseiro na posição normal, eram 467 litros. Se ele fosse rebatido, esse espaço aumentava para 954 litros, sem contar os 137 litros extras no porta-malas dianteiro. Mesmo assim, era a menor capacidade entre as peruas nacionais.
Para compensar o aumento de 78 quilos no peso da nova versão, a VW precisou só de 2 cv a mais de potência, num total de 67 cv, obtidos graças a um novo comando de válvulas e duas saídas de escapamento. O destaque ficava por conta da suspensão. As barras de torção foram trocadas por uma estrutura McPherson com molas helicoidais. Atrás, a suspensão independente de dupla articulação e braços de apoio enrijeceram o sistema. Os pneus passaram a ser radiais.
O exemplar aqui apresentado pertence ao comerciante paulista Orlando Hideki Sakata e foi adquirido em 2005 do primeiro dono. "Só precisei trocar os amortecedores e os pneus, que já estavam quadrados, e fazer uma limpeza no motor", conta Sakata. Sua Variant II tem ventilação forçada, limpador e lavador elétrico do vidro de trás, opcionais do catálogo VW, e toca-fitas, um acessório pós-venda de época. Já de saída, chama atenção a leveza da direção sem assistência. As marchas têm saudosos engates de precisão cirúrgica e os pedais estão eqüidistantes, embora o do freio seja alto demais. O motor a ar, escondido na parte de trás do habitáculo, faz motoristas que já dirigiram Fusca, Kombi, Brasilia e Variant se sentirem em casa. Em trânsito urbano, e sem engarrafamentos, sente-se a firmeza da nova suspensão em curvas e sua capacidade de absorver pequenas irregularidades do asfalto.
No primeiro comparativo de QUATRO RODAS entre a Variant II, a Belina II e a Caravan Especial de quatro cilindros, em janeiro de 1978, a perua Chevrolet foi mais ágil e veloz, mas também a de pior acabamento na mesma faixa de preço, num teste em que a Belina II foi a mais econômica. Na linha 1980, o modelo ganhou temporizador de limpadores de pára-brisa e bancos dianteiros com encostos para cabeça separados. Muito pouco para conter o desgaste acelerado de sua imagem. Ela duraria até 1982, e saiu de linha junto com a Brasilia. No lugar desta a VW já tinha o Gol, na mesma faixa de mercado. A Parati faria o mesmo ainda naquele ano pela Variant II.
Teste
DEZEMBRO DE 1977
Aceleração 0 a 100 km/h - 22,72 sa
Velocidade máxima - 134,831 km/h
Frenagem - 80 km/h a 0: 29,90 metros
Consumo - 11,53 km/l (Média)
Preço
Novembro 1977 - Cr$ 88.654,00
Atualizado - R$ 52.702,00
Ficha técnica
Variant II
Motor: traseiro, 4 cilindros, boxer, refrigeração a ar, 1 584 cm³, 2 carburadores de corpo simples
Diâmetro x curso: 85,5 x 69 mm
Taxa de compressão: 7,2:1
Potência: 67 cv (SAE) a 4 600 rpm
Torque: 12 mkgf (SAE) a 3 200 rpm
Câmbio: manual de 4 velocidades
Dimensões: comprimento, 432,6 cm; largura, 163 cm; altura, 143 cm; entreeixos, 249,5 cm
Peso estimado: 1 018 kg
Suspensão:
De cara, notava-se a semelhança entre o novo modelo e a VW Brasilia. As linhas retas predominavam, bem mais atuais que as da perua que ela aposentou. A nova Variant ficou 5 centímetros mais larga. Nas laterais ela parecia uma Brasília com entreeixos maior. Atrás havia um vinco mais próximo da linha da cintura, além das lanternas envolventes e caneladas.
A nova embalagem era o convite para o motorista se acomodar no banco mais largo de curvim e tecido, com encosto alto o suficiente para dispensar o apoio para cabeça, e ainda se proteger com um cinto de três pontos. Atrás o banco estava 13 centímetros mais largo. O painel trazia instrumentos retangulares, com visibilidade auxiliada pelo volante de fina empunhadura. Conta-giros, relógio e rádio estéreo AM/FM eram opcionais. O motor boxer, de quatro cilindros e 1,6 litro, parecia tomar mais o espaço da bagagem que de fato tomava. Com o banco traseiro na posição normal, eram 467 litros. Se ele fosse rebatido, esse espaço aumentava para 954 litros, sem contar os 137 litros extras no porta-malas dianteiro. Mesmo assim, era a menor capacidade entre as peruas nacionais.
Para compensar o aumento de 78 quilos no peso da nova versão, a VW precisou só de 2 cv a mais de potência, num total de 67 cv, obtidos graças a um novo comando de válvulas e duas saídas de escapamento. O destaque ficava por conta da suspensão. As barras de torção foram trocadas por uma estrutura McPherson com molas helicoidais. Atrás, a suspensão independente de dupla articulação e braços de apoio enrijeceram o sistema. Os pneus passaram a ser radiais.
O exemplar aqui apresentado pertence ao comerciante paulista Orlando Hideki Sakata e foi adquirido em 2005 do primeiro dono. "Só precisei trocar os amortecedores e os pneus, que já estavam quadrados, e fazer uma limpeza no motor", conta Sakata. Sua Variant II tem ventilação forçada, limpador e lavador elétrico do vidro de trás, opcionais do catálogo VW, e toca-fitas, um acessório pós-venda de época. Já de saída, chama atenção a leveza da direção sem assistência. As marchas têm saudosos engates de precisão cirúrgica e os pedais estão eqüidistantes, embora o do freio seja alto demais. O motor a ar, escondido na parte de trás do habitáculo, faz motoristas que já dirigiram Fusca, Kombi, Brasilia e Variant se sentirem em casa. Em trânsito urbano, e sem engarrafamentos, sente-se a firmeza da nova suspensão em curvas e sua capacidade de absorver pequenas irregularidades do asfalto.
No primeiro comparativo de QUATRO RODAS entre a Variant II, a Belina II e a Caravan Especial de quatro cilindros, em janeiro de 1978, a perua Chevrolet foi mais ágil e veloz, mas também a de pior acabamento na mesma faixa de preço, num teste em que a Belina II foi a mais econômica. Na linha 1980, o modelo ganhou temporizador de limpadores de pára-brisa e bancos dianteiros com encostos para cabeça separados. Muito pouco para conter o desgaste acelerado de sua imagem. Ela duraria até 1982, e saiu de linha junto com a Brasilia. No lugar desta a VW já tinha o Gol, na mesma faixa de mercado. A Parati faria o mesmo ainda naquele ano pela Variant II.
Teste
DEZEMBRO DE 1977
Aceleração 0 a 100 km/h - 22,72 sa
Velocidade máxima - 134,831 km/h
Frenagem - 80 km/h a 0: 29,90 metros
Consumo - 11,53 km/l (Média)
Preço
Novembro 1977 - Cr$ 88.654,00
Atualizado - R$ 52.702,00
Ficha técnica
Variant II
Motor: traseiro, 4 cilindros, boxer, refrigeração a ar, 1 584 cm³, 2 carburadores de corpo simples
Diâmetro x curso: 85,5 x 69 mm
Taxa de compressão: 7,2:1
Potência: 67 cv (SAE) a 4 600 rpm
Torque: 12 mkgf (SAE) a 3 200 rpm
Câmbio: manual de 4 velocidades
Dimensões: comprimento, 432,6 cm; largura, 163 cm; altura, 143 cm; entreeixos, 249,5 cm
Peso estimado: 1 018 kg
Suspensão:
Dianteira: independente, McPherson, molas helicoidais e amortecedores
Traseira: barras de torção e eixo de dupla articulação com amortecedores
Freios: disco na dianteira e tambor na traseira
Direção: pinhão e cremalheira
Pneus: 175 SR 14 radiais
Freios: disco na dianteira e tambor na traseira
Direção: pinhão e cremalheira
Pneus: 175 SR 14 radiais
4 comentários:
Vende - se peças da Variant II, motor(com documento), Cambio, Rodas, 2 paralamas (direito e esquerdo) novos!!
Entre em contato no e-mail: danilo_jsantos02@yahoo.com.br
Preciso de 01 paralama, dependendo do preço, fico com os dois! São originais ou paralelos?
Olá, bom dia!
Estou precisando das buchas do braço articulador, fica na suspenção traseira da variante 2 ano 1978. Nº 30 da página 28 do catálogo da Volkswagem.
Se alguém tiver, por favor entrar em contato.
Obrigado.
(37) 3371-3082 9902-7582
arilsoncogil@yahoo.com.br
ESTOU PRECISANDO DOS AMORTECEDORES TRAZEIROS DA VARIANT II, COM OS PARAFUSOS E BUCHAS DE FIXAÇÃO SUPERIOR E INFERIOR.
Preciso de uma dica se existem um similar, nao estou achando no mercado.
tks, mfmafra@hotmail.com
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